Boa tarde, pessoal dos sétimos anos!
Hoje iniciaremos as atividades do nosso terceiro bimestre! 2020 está realmente passando muito rápido, não é? É importante que vocês realizem o que será proposto hoje ao longo dessa semana e da próxima (24 a 28/08) para que não fiquem atrasados e consigam entregar as atividades de todos os professores, certo?
Nessa semana iniciaremos um novo tema chamado AS GRANDES NAVEGAÇÕES. As grandes navegações são consequências de uma série de eventos que nós já estudamos como As Cruzadas, Formação dos Estados Nacionais, Absolutismo, Renascimento Cultural e Científico e vocês podem conferir todos esses temas nesse blog caso tenham dúvidas.
Para hoje vocês devem anotar o texto abaixo, com a data de hoje (17/08) e responder as questões que estão no final da postagem, tudo isso em seus cadernos. Essas questões não serão enviadas pra mim agora pois trata-se apenas de um roteiro para melhor compreensão do texto, combinado? Atenção para as orientações em vermelho ao longo do texto, pois tratam-se de alguma explicação ou informação importante.
AS GRANDES NAVEGAÇÕES (Séc. XV)
Antecedentes:
No final da Idade Média, os oceanos eram um local pouco explorado, cercado de mitos, superstições (como por exemplo, se você navegar até o horizonte você cairá num abismo) e lendas de criaturas fantásticas (como enormes serpentes marinhas e sereias). Tudo o que os europeus conheciam era o Oriente Médio, o norte da África e as Índias, nome pelo qual chamavam a parte leste da Ásia. Boa parte do que conheciam era por meio de relatos de navegantes como MARCO POLO (já falamos sobre ele no vídeo de China Antiga, no ano passado).
Com as CRUZADAS no século XIV (caso você não se lembre o que foram as cruzadas, clique aqui) houve um contato entre o Ocidente e o Oriente e os cruzados ao retornar para o continente europeu traziam consigo produtos como tecidos de algodão da Índia, seda e porcelana chinesa, tapetes persas e as chamadas ESPECIARIAS. As ESPECIARIAS como pimenta do reino, cravo, canela, gengibre, mostarda, noz moscada tinham a capacidade de conservar os alimentos por mais tempo (lembre-se que naquela época não havia geladeira ou alguma outra forma de armazenamento, então os alimentos se estragavam rapidamente) e conservar seu sabor, além de serem usados para remédios e perfumes. Esses temperos passaram a ser muito consumidos na Europa.
No século XIV, o
comércio de especiarias e de artigos de luxo orientais estava nas mãos dos
mercadores árabes e italianos. Os árabes traziam as mercadorias da região produtora
no Oriente, as Índias, até cidades como o CAIRO e ALEXANDRIA (no Egito/continente
africano), Tiro e Antiquoa (na Ásia) e os mercadores italianos de Gênova e Veneza
compravam esses produtos das mãos dos árabes e revendiam na Europa. Como essas
cidades italianas tinham o monopólio do comercio mediterrâneo (monopólio refere-se
a quando um único grupo ou um indivíduo tem a posse de determinado item e só
ele o vende sem concorrência, podendo aumentar bastante os preços), vendiam os
produtos exorbitantes, obtendo altos lucros. Esse lucro despertou o interesse
da burguesia e de muitos governantes europeus, especialmente de Portugal e da
Espanha.
Os portugueses, que já estavam habituados aos mares desde o século XII, já participavam do comércio das especiarias orientais, visto que, para distribuir os produtos pela Europa os mercadores italianos formaram entrepostos comerciais em cidades como Porto e Lisboa. Lá eles vendiam especiarias aos portugueses que, por sua vez, as revendiam para Londres (Inglaterra) e para o norte da Europa.
Para ampliar sua participação no comércio mundial de especiarias, os portugueses precisavam evitar o mar Mediterrâneo (que era quase todo controlado pelos italianos) e buscar especiarias na fonte, ou seja, direto no Oriente. Se eles conseguissem controlar a fonte das especiarias poderiam obtê-las de maneira mais barata e revendê-las na Europa com grande lucro e isso os motivou a buscar NOVAS ROTAS MARÍTIMAS.
O interesse pelo comercio dos produtos de luxo e pelas especiarias, a necessidade de quebrar o monopólio das cidades italianas no mar Mediterrâneo, a procura de um novo caminho marítimo para as Índias, a escassez de metais preciosos na Europa, a aliança entre o rei e a burguesia, para buscar a centralização do poder, a valorização do comercio e o progresso técnico e científico foram fatores que motivaram e favoreceram a expansão marítimo-comercial da Europa. Esse movimento é também conhecido como as Grandes Navegações. (grifem isso, é muito importante lembrar!)
AS NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS
Contando
com uma burguesia interessada em se expandir, com longa experiência marítima e
presença de um forte grupo mercantil, uma monarquia centralizada, ausência de
guerras internas e externas (diferente do caso de França e Inglaterra, por
exemplo, que se enfrentavam na guerra dos cem anos naquele momento ou no caso
da Espanha que lutava para expulsar os muçulmanos de Granada), os portugueses foram
os primeiros a se lançar ao mar, em busca de uma nova rota marítima para as Índias.
Esse empreendimento foi também possível porque, ao lado do interesse político e econômico, houve o aperfeiçoamento de técnicas que facilitavam a navegação a longa distância: o astrolábio, a bússola, as cartas de navegação mais elaboradas e a caravela. Junta-se aos interesses políticos e econômicos o interesse religioso, ou seja, o desejo dos portugueses em expandir a fé cristã e combater aos que chamavam de “infiéis” (nome utilizado para se referirem aos árabes muçulmanos) Em 1415, D. João I, rei de Portugal, organizou uma expedição que tomou dos muçulmanos a cidade de CEUTA, no norte da África. Esse fato se tornou o marco inicial da expansão marítima portuguesa, que utilizaria como estratégia CONTORNAR O CONTINENTE AFRICANO para chegar as Índias.
CRONOLOGIA DA EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA
1415- Conquista de
Ceuta
1419- Os portugueses chegam à Ilha da Madeira.
Quando descobriram o arquipélago (conjunto de ilhas) dos Açores, iniciaram ali
o cultivo da cana-de-açúcar, aproveitando a mão de obra escrava africana.
(Haverá uma
aula especifica sobre a escravidão, mas é interessante ter em mente que a
escravidão realizada desde a antiguidade no continente africano possuí muitas
diferenças quanto a escravidão que será realizada nesse momento que estamos
estudando. Lembre-se que a África é um continente amplo, com vários povos, costumes e idiomas)
1433- Atingem a ilha de Arguim, junto ao
rio do ouro e, no ano seguinte, o rio Senegal. Quatro anos depois criam a
primeira FEITORIA (entreposto comercial fortificado eram locais onde se
depositavam as mercadorias enquanto aguardavam a sua venda, expedição ou
pagamento de direitos alfandegários) e iniciam o comércio com os africanos que
envolvia principalmente ouro em pó, escravizados, armas de fogo e pólvora.
1453 – Com a conquista da capital do
império Bizantino (Constantinopla) pelo Império Turco-Otomano, o comércio
italiano começou a ser prejudicado e ter dificuldade de obter especiarias e
outros produtos de luxo, mesmo com o uso de outras rotas. Se tornava urgente a
busca de outro caminho para as Índias.
1456 – Os portugueses chegam as Ilhas do
Cabo Verde e constroem engenhos de produção de açúcar, utilizando mão de obra
africana escravizada.
1482 – Chegam à foz do rio Zaire, iniciando
a exploração do Congo
1488- Bartolomeu Dias atingiu o extremo sul do continente africano,contornando o cabo das Tormentas, mais tarde denominado cabo da Boa Esperança. Essa expedição provou que o plano de navegação de Portugal estava correto, ao mostrar que era possível contornar a África para chegar as Índias.
1498 – Vasco da Gama chega a Calicute, na
Índia. O comércio foi feito e, ao retornar a Lisboa, Vasco da Gama levou
consigo uma fortuna em pimenta, canela e Gengibre. A venda desses produtos
possibilitou aos investidores um lucro extraordinário (alguns historiadores
falam em 600%).
Apesar da descoberta desse novo caminho, ainda faltava estabelecer um domínio português na região. Com a descoberta, acabou-se com o monopólio italiano e a partir daí, o controle comercial dos produtos de luxo e das especiarias ficou, durante algum tempo, nas mãos dos portugueses.
Em 1500, o rei dom
Manuel organizou uma poderosa esquadra com o objetivo de iniciar o comercio nas
Índias e entregou o comando a Pedro Alvares Cabral. Cabral partiu
de Portugal. no dia 9 de março, com 13 navios e cerca de 1.200 homens.
Entretanto, em vez de ir diretamente para as Índias, afastou-se das costas
africanas, atravessou o Atlântico e, no dia 22 de abril, avistou terra. Essa
terra viria a se chamar BRASIL futuramente e tornou-se uma colônia portuguesa.
Apesar de muitos acidentes, nos quais vários navios se perderam, Cabral chegou ao continente asiático e estabeleceu feitorias portuguesas. Alguns anos depois, o domínio português nas Índias foi consolidado e propiciou um lucrativo comércio.
AGORA É A SUA VEZ!
Leia o texto com atenção e responda as questões EM SEU CADERNO (lembrando que não é necessário me enviar fotos por hora, haverá um momento específico para isso, combinado?).
1- O que são as especiarias?
2- Encontre no texto as razões que
motivaram a expansão marítima europeia.
3- Cite uma das razões que fez Portugal
ser o primeiro país da Europa a se lançar para o mar em busca de novas rotas
4- Qual estratégia foi utilizada pelos
portugueses para chegarem as Índias?
5- O que são as FEITORIAS?
QUALQUER DÚVIDA POSTEM NESTE BLOG OU ME CHAMEM NAS DEMAIS REDES SOCIAIS!
Até mais!
- Profª Biah.
Boa tarde, Professora!!!
ResponderExcluirEu fiz a atividade do dia 17/08
Faço o que para entregar
Se você já fez ess atividade fique atento para as próximas e não deixe de enviar os formulários!(:
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