domingo, 12 de julho de 2020

Semana de 13/07 a 17/07 - 7ºs anos A, B, C e D

Boa tarde, pessoal dos 7ºs anos!

Para essa semana vocês devem ler e copiar o texto abaixo sobre o ABSOLUTISMO para responder o formulário no final dessa página. Atenção para as anotações em vermelho, que são explicações ou pontos importantes.
 O texto está bastante extenso (desculpem, o assunto é complicado e precisa de bastante informações, prometo não postar algo tão grande tão cedo!) , então se você optar por tirar xerox ou algo assim tudo bem, porém é necessário estudá-lo para realizar a atividade (:


O ABSOLUTISMO

O absolutismo se trata de um sistema político que defendia o poder do monarca, ou seja, do rei, sobre o Estado. Esse sistema foi predominante na Europa entre os séculos XIV e XVIII e está interligado a formação das monarquias nacionais e a ascensão da classe comerciante, ou seja, do crescimento da burguesia.
O rei detém o poder absoluto e ilimitado (daí o nome absolutismo) e então o Estado servia aos seus interesses. O rei pode criar leis, impostos e cuidar de como seriam cobrados, administrar a justiça, formar um exército (que poderia ser formado por mercenários) e a população lhe deveria respeito e obediência. Àquele que questionasse a autoridade do rei ou fossem contrários a alguma medida criada pelo monarca poderiam sofrer consequências, principalmente com o uso das forças militares. É importante lembrar que o absolutismo também está interligado aos conflitos que surgiram a respeito da reforma religiosa iniciada por Lutero e Calvino.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

  •          Concentração total do poder na mão do rei;
  •         Os nobres apoiaram o absolutismo, assim como os burgueses e a Igreja Católica. A nobreza manteve seus privilégios durante a monarquia absolutista, não pagando impostos e recebendo importantes cargos, A igreja católica também era beneficiada não pagando impostos e defendia a tese que o rei era escolhido por Deus, devendo prestar contas somente a ele. A burguesia, por sua vez, oferecia apoio econômico ao rei então o monarca investia em uma política financeira que beneficiasse os burgueses já que possuíam uma rede de apoio mútuo. É adotada a política econômica do MERCANTILISMO
O Mercantilismo fundamentava-se na intervenção do Estado na economia, mantendo uma BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL (exportações ou vendas para outros países maior do que as importações ou compras de produtos de outros países), PROTECIONISMO (ou seja, adoção de uma política que consistia no lançamento de altas tarifas alfandegarias, que são impostos que se pagam ao exportar uma mercadoria de um país a outro, na tentativa de reduzir as importações, aumentar as exportações e incentivar a produção nacional)METALISMO (acúmulo de ouro, metais preciosos, moedas, isso era importante porque a riqueza de um Estado era medida pelo acúmulo, a riqueza torna-se mais valorizada do que a vida espiritual) e investimento em comércio, o que permitia o enriquecimento da burguesia mercantil. COLONIALISMO: quanto maior o número de colônias (colônia é uma civilização /território que foi ocupado por outra, passando a ser uma posse dela) um Estado possuísse, mais rico ele seria, pois estas abasteceriam a metrópole (metrópole, nesse contexto, representa o país que coloniza outro) com os seus produtos e se constituiriam em mercados consumidores dos produtos.


Para construir seu poder, além do apoio da igreja, nobreza e burguesia, a monarquia absolutista também contou com o apoio de alguns pensadores, que desenvolveram teorias para justificar o poder máximo dos reis. Esses pensadores são:

Teóricos do Absolutismo - Cola da Web·     Nicolau Maquiavel: Foi um teórico muito influente no período. Escreveu livros de consulta aos governantes em que pregava que todo governante deveria adotar uma política seguindo os exemplos dos grandes líderes da história. O pensador defendia que o monarca deveria ter duas características primordiais: capacidade de escolher a melhor estratégia para governar, mantendo-se no poder e ousadia para tomar decisões no momento certo. Sua principal obra foi “O príncipe”, publicada em 1532, que além de ser considerado um manual de instruções para os absolutistas é um pequeno tratado sobre como conquistar um território e mantê-lo sob controle. O pensamento de Maquiavel causou grande impacto na época e foi utilizado para desenvolver uma nova ciência que recebeu o nome de “A teoria política”.
Jean Bodin - Regimes monarquicos e revoluçoes


 Jean Bodin – Foi um jurista e professor francês. Defendia a ideia do caráter divino dos reis, assim como sustentava que a obediência absoluta dos súditos era uma obrigação. Em sua principal obra “Da república”, publicada em 1576, o defende a origem divina do monarca e seu poder incontestável.


Jacques-Bénigne Bossuet – Wikipédia, a enciclopédia livre·        

    
  Jacques Bossouet – Bispo, partilhava da teoria do direito divino dos reis, defendendo que o rei teria sido escolhido por Deus para governar e representa-lo, devendo prestar contas somente a ele. Tanto Jean Bodin quanto Jacques Boussouet são expoentes do que ficou conhecido como “teoria do direito divino”.

Thomas Hobbes: biografia, filosofias e leviatã
   Thomas Hobbes – Matemático e teórico político inglês. Acreditava que os seres humanos eram naturalmente egoístas e maus por natureza, promovendo guerras para adquirir vantagens pessoais. Sua principal obra foi “Leviatã”. Para Hobbes, a solução para evitar que a sociedade não se transformasse em um caos seria a criação de um contrato social em que cada indivíduo abriria mão de parte dos seus interesses para que todos pudessem conviver em paz.
Para garantir o cumprimento desse contrato seria necessário um           soberano que teria total poder e liberdade, devendo ser obedecido incontestavelmente e que representasse o próprio Estado. Seu poder estaria acima de todas as leis.


O ABSOLUTISMO NA FRANÇA E NA INGLATERRA

FRANÇA

No século XVII, o absolutismo consolidou-se na Franca e atingiu o seu apogeu com a dinastia dos Bourbons. Seus representantes foram Henrique IV, Luís XIII, Luís XIV, Luís XV e Luís XVI.

O auge do absolutismo francês é representado pelo governo de Luis XIV (1643-1715). Ele herdou o trono quando tinha apenas 5 anos de idade sendo preparado desde cedo para governar. Enquanto Luís XIV não tinha idade para exercer o papel de rei, sua mãe era regente (governava por ele) auxiliada por seu ministro, o cardeal Mazzarino. Durante esse momento, foram enfrentadas revoltas da burguesia e dos nobres com o objetivo de se libertarem do poder absoluto do rei. Essas revoltas ficaram conhecidas como Foundas.
 Quando o cardeal Mazzarino morreu, o poder do monarca Luís XIV, conhecido como o Rei Sol, já estava praticamente consolidado.
Luís XIV teve como principal auxiliar o ministro das Finanças, Colbert. Para aumentar a riqueza do Estado, Colbert aplicou práticas mercantilistas na Franca. Luís XIV desenvolveu as manufaturas, a navegação e intensificou a exploração das Antilhas, na América, com a cultura canavieira.
Seu sucessor, Luís XV, teve o governo prejudicado pelo agravamento da situação financeira. As despesas da corte eram muito elevadas, e uma
tentativa de recuperação econômica com emissão de moeda para a criação de companhias de comercio fracassou. Além disso, a Franca foi derrotada na Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra, e perdeu parte de suas colônias.
O governo de seu sucessor, Luís XVI, marcou o fim do absolutismo francês, com a Revolução Francesa de 1789.
Luís XIV: a biografia do Rei Sol - A Mente é Maravilhosa
Luis XIV o "Rei Sol"


INGLATERRA
O apogeu do absolutismo na Inglaterra foi atingido com a dinastia Tudor. Contou com o apoio da burguesia, interessada em um governo forte, que incentivasse o comércio e a indústria. Os principais representantes do absolutismo inglês foram: Henrique VII, Henrique VIII e Elizabeth I.

• Henrique VII — lutando contra a nobreza, foi o primeiro rei absolutista da Inglaterra.
• Henrique VIII — em seu governo, o Parlamento conservava-se aberto, porém manobrado a sua vontade. Anulou o poder da Igreja Católica na Inglaterra e, em 1534, fundou a Igreja Anglicana. Promoveu o desenvolvimento das manufaturas (pequenas fábricas ou comércios) e do comércio marítimo.
• Elizabeth I — governou de 1558 a 1603. Coube a essa rainha a consolidação do anglicanismo, a adoção do mercantilismo e o início da colonização da América do Norte, com a fundação da colônia de Virginia. Ela enfrentou o rei Felipe II, da Espanha, em uma guerra em que os dois países disputaram o controle do comercio marítimo, e derrotou a Invencível Armada, nome dado armada espanhola. A partir desse momento, a Inglaterra passou a ter a supremacia marítima.
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Elizabeth I

Com a morte de Elizabeth I, que não deixou descendentes, encerrou-se a dinastia Tudor. Assumiu o poder seu primo e rei da Escócia, Jaime I, da família Stuart. Pretendendo impor sua autoridade, obteve aberta oposição do Parlamento. (o PARLAMENTO é composto por pessoas escolhidas, deputados e demais representantes além do rei, podendo questionar suas ações)

Perseguiu violentamente os católicos e puritanos. Muitos destes foram para a América do Norte, onde fundaram uma colonia, Plymouth. No reinado de seu filho, Carlos I (1625-1648), a pequena nobreza e a
burguesia viram-se obrigadas a pagar altos impostos. Aqueles que não o
fizessem eram presos. Em 1628, o Parlamento impôs a Carlos I a Petição dos Direitos, pela qual o rei não poderia criar tributos, convocar o exército ou prender pessoas sem sua previa autorização. No ano seguinte, o rei conseguiu a aprovação de alguns impostos, mas, em seguida, fechou o Parlamento, só voltando a convoca-lo em 1640. No ano seguinte, quando tentou mais uma vez fechar o Parlamento, iniciou-se uma guerra civil.

A GUERRA CIVIL INGLESA (1641-1649)

Havia dois grupos antagônicos: os cavaleiros, partidários do rei Carlos I,
e os cabeças-redondas, partidários do Parlamento. Os cabeças-redondas, liderados pelo deputado puritano Oliver Cromwell, derrotaram os cavaleiros. O rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 1649.
Com o apoio do Parlamento, Cromwell passou a governar a Inglaterra.
No entanto, em 1653, dissolveu-o e impôs uma ditadura, com o título de Lorde Protetor da Inglaterra. Cromwell procurou consolidar os interesses mercantis da burguesia, ao assinar, em 1650, os Atos de Navegação, determinando que os produtos importados pela Inglaterra só poderiam ser transportados em navios ingleses ou nos de países com os quais estivesse comercializando diretamente. Essa decisão prejudicou o comercio holandês. A Holanda reagiu, e foi deflagrada uma guerra (1652-1654). A Inglaterra saiu vitoriosa, tornando-se suprema no comercio marítimo e a maior potência
naval do mundo.
O período do governo de Cromwell foi chamado de República de Cromwell. O Lorde Protetor morreu em 1658 e foi substituído por seu filho Ricardo, cujo governo durou pouco tempo e foi marcado por agitações políticas e sociais. Um novo Parlamento foi eleito, e 1660, decidindo restaurar o regime
político monárquico, sob a dinastia dos Stuart, e entregou a Carlos II o
governo da nação.

A RESTAURAÇÃO DOS STUART E A REVOLUÇÃO GLORIOSA

Carlos II (1660-1685) tentou restabelecer o absolutismo na Inglaterra. No Parlamento, surgiram dois partidos: Whig (defensor de Cromwell) e Tory (absolutista). O rei organizou um exército para eliminar a oposição, fechou o Parlamento e impôs o absolutismo.
Com a morte do rei, ocupou o trono Jaime II (1685 - 1688). Seu filho, herdeiro do trono, era católico, o que não foi aceito foi Parlamento. O rei foi destituído e o parlamento ofereceu o trono ao governador das províncias unidas (nome para a HOLANDA na época), Guilherme de Orange, esposo de Maria II, filha de Jaime II. O rei Jaime II refugiou -se na Franca, e Guilherme de Orange passou a reinar com o título de Guilherme III. Esse episódio, que terminou com o absolutismo e instaurou na Inglaterra a monarquia parlamentar (1688) [Na monarquia parlamentarista o rei existe, mas não governa, o governo é exercido pelo parlamento, que escolherá o primeiro-ministro que efetivamente governará o país], é conhecido como Revolução Gloriosa.
Guilherme de Orange jurou a Declaração de Direitos (Bill of Rights), que limitava o poder do rei e ampliava o do Parlamento. A partir desse momento, cabia ao Parlamento, entre outras medidas, a aprovação de tributos, a manutenção de um exército permanente e a garantia do exercício da justiça pública. Com o Parlamento fortalecido, a burguesia tornou-se ainda mais poderosa, controlando o comercio, a legislação comercial e administrativa e assumindo um compromisso com a aristocracia rural, que passou a cultivar as terras nos moldes capitalistas.

(No caso do absolutismo inglês, existia o PARLAMENTO que contava com deputados e outros componentes além do rei e as leis e ideias deveriam passar por esse conjunto de pessoas, além de documentos como o Bill of Rights que limitavam o poder rei. No caso do absolutismo francês não havia parlamento ou documentos para que o rei fosse questionado, dessa forma mandava sozinho, como um representante de Deus na terra)

AGORA É A SUA VEZ !

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Boa atividade e até mais!

QUALQUER DÚVIDA ENTRE EM CONTATO! 

Profª Biah.

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