Boa tarde, pessoal dos 7ºs anos!
Para essa semana vocês devem ler e copiar o texto abaixo sobre o ABSOLUTISMO para responder o formulário no final dessa página. Atenção para as anotações em vermelho, que são explicações ou pontos importantes.
O texto está bastante extenso (desculpem, o assunto é complicado e precisa de bastante informações, prometo não postar algo tão grande tão cedo!) , então se você optar por tirar xerox ou algo assim tudo bem, porém é necessário estudá-lo para realizar a atividade (:
O ABSOLUTISMO
O
absolutismo se trata de um sistema político que defendia o poder do monarca, ou
seja, do rei, sobre o Estado. Esse sistema foi predominante na Europa entre os
séculos XIV e XVIII e está interligado a formação das monarquias nacionais e a
ascensão da classe comerciante, ou seja, do crescimento da burguesia.
O
rei detém o poder absoluto e ilimitado (daí o nome absolutismo) e então o
Estado servia aos seus interesses. O rei pode criar leis, impostos e cuidar de
como seriam cobrados, administrar a justiça, formar um exército (que poderia
ser formado por mercenários) e a população lhe deveria respeito e obediência.
Àquele que questionasse a autoridade do rei ou fossem contrários a alguma
medida criada pelo monarca poderiam sofrer consequências, principalmente com o
uso das forças militares. É importante lembrar que o absolutismo também está
interligado aos conflitos que surgiram a respeito da reforma religiosa iniciada
por Lutero e Calvino.
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
- Concentração
total do poder na mão do rei;
- Os
nobres apoiaram o absolutismo, assim como os burgueses e a Igreja Católica. A
nobreza manteve seus privilégios durante a monarquia absolutista, não pagando
impostos e recebendo importantes cargos, A igreja católica também era
beneficiada não pagando impostos e defendia a tese que o rei era escolhido por
Deus, devendo prestar contas somente a ele. A burguesia, por sua vez, oferecia
apoio econômico ao rei então o monarca investia em uma política financeira que
beneficiasse os burgueses já que possuíam uma rede de apoio mútuo. É adotada a
política econômica do MERCANTILISMO
O
Mercantilismo fundamentava-se na intervenção do Estado na economia, mantendo
uma BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL (exportações ou vendas para outros países maior
do que as importações ou compras de produtos de outros países), PROTECIONISMO
(ou seja, adoção de uma política que consistia no lançamento de altas tarifas
alfandegarias, que são impostos que se pagam ao exportar uma mercadoria de um
país a outro, na tentativa de reduzir as importações, aumentar as exportações e
incentivar a produção nacional); METALISMO (acúmulo de ouro, metais preciosos,
moedas, isso era importante porque a riqueza de um Estado era medida pelo
acúmulo, a riqueza torna-se mais valorizada do que a vida espiritual) e
investimento em comércio, o que permitia o enriquecimento da burguesia
mercantil. COLONIALISMO: quanto maior o número de
colônias (colônia é uma civilização /território que foi ocupado por outra,
passando a ser uma posse dela) um Estado possuísse, mais rico ele seria, pois
estas abasteceriam a metrópole (metrópole, nesse contexto, representa o país
que coloniza outro) com os seus produtos e se constituiriam em mercados
consumidores dos produtos.
Para
construir seu poder, além do apoio da igreja, nobreza e burguesia, a monarquia
absolutista também contou com o apoio de alguns pensadores, que desenvolveram
teorias para justificar o poder máximo dos reis. Esses pensadores são:
· Nicolau
Maquiavel: Foi um teórico muito influente no período. Escreveu livros de
consulta aos governantes em que pregava que todo governante deveria adotar uma
política seguindo os exemplos dos grandes líderes da história. O pensador
defendia que o monarca deveria ter duas características primordiais: capacidade
de escolher a melhor estratégia para governar, mantendo-se no poder e ousadia
para tomar decisões no momento certo. Sua principal obra foi “O príncipe”,
publicada em 1532, que além de ser considerado um manual de instruções para os
absolutistas é um pequeno tratado sobre como conquistar um território e
mantê-lo sob controle. O pensamento de Maquiavel causou grande impacto na época
e foi utilizado para desenvolver uma nova ciência que recebeu o nome de “A
teoria política”.
Jean
Bodin – Foi um jurista e professor francês. Defendia a ideia do caráter divino
dos reis, assim como sustentava que a obediência absoluta dos súditos era uma
obrigação. Em sua principal obra “Da república”, publicada em 1576, o defende a
origem divina do monarca e seu poder incontestável.
·
Jacques
Bossouet – Bispo, partilhava da teoria do direito divino dos reis, defendendo
que o rei teria sido escolhido por Deus para governar e representa-lo, devendo
prestar contas somente a ele. Tanto Jean Bodin quanto Jacques Boussouet são
expoentes do que ficou conhecido como “teoria do direito divino”.
Thomas
Hobbes – Matemático e teórico político inglês. Acreditava que os seres humanos
eram naturalmente egoístas e maus por natureza, promovendo guerras para
adquirir vantagens pessoais. Sua principal obra foi “Leviatã”. Para Hobbes, a
solução para evitar que a sociedade não se transformasse em um caos seria a
criação de um contrato social em que cada indivíduo abriria mão de parte dos
seus interesses para que todos pudessem conviver em paz.
Para garantir o cumprimento desse contrato
seria necessário um soberano
que teria total poder e liberdade, devendo ser obedecido incontestavelmente e
que representasse o próprio Estado. Seu poder estaria acima de todas as leis.
O ABSOLUTISMO NA FRANÇA
E NA INGLATERRA
FRANÇA
No
século XVII, o absolutismo consolidou-se na Franca e atingiu o seu apogeu com a
dinastia dos Bourbons. Seus representantes foram Henrique IV, Luís XIII, Luís
XIV, Luís XV e Luís XVI.
O
auge do absolutismo francês é representado pelo governo de Luis XIV (1643-1715).
Ele herdou o trono quando tinha apenas 5 anos de idade sendo preparado desde
cedo para governar. Enquanto Luís XIV não tinha idade para exercer o papel de
rei, sua mãe era regente (governava por ele) auxiliada por seu ministro, o
cardeal Mazzarino. Durante esse momento, foram enfrentadas revoltas da
burguesia e dos nobres com o objetivo de se libertarem do poder absoluto do
rei. Essas revoltas ficaram conhecidas como Foundas.
Quando o cardeal Mazzarino morreu, o poder do
monarca Luís XIV, conhecido como o Rei Sol, já estava praticamente consolidado.
Luís XIV teve como
principal auxiliar o ministro das Finanças, Colbert. Para aumentar a riqueza do
Estado, Colbert aplicou práticas mercantilistas na Franca. Luís XIV desenvolveu
as manufaturas, a navegação e intensificou a exploração das Antilhas, na
América, com a cultura canavieira.
Seu sucessor, Luís XV,
teve o governo prejudicado pelo agravamento da situação financeira. As despesas
da corte eram muito elevadas, e uma
tentativa de recuperação econômica com
emissão de moeda para a criação de companhias de comercio fracassou. Além
disso, a Franca foi derrotada na Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra, e
perdeu parte de suas colônias.
O governo de seu
sucessor, Luís XVI, marcou o fim do absolutismo francês, com a Revolução
Francesa de 1789.
|
Luis XIV o "Rei Sol" |
INGLATERRA
O apogeu do absolutismo na Inglaterra
foi atingido com a dinastia Tudor. Contou com o apoio da burguesia, interessada
em um governo forte, que incentivasse o comércio e a indústria. Os principais
representantes do absolutismo inglês foram: Henrique VII, Henrique VIII e
Elizabeth I.
• Henrique VII — lutando contra a
nobreza, foi o primeiro rei absolutista da Inglaterra.
• Henrique VIII — em seu governo, o
Parlamento conservava-se aberto, porém manobrado a sua vontade. Anulou o poder
da Igreja Católica na Inglaterra e, em 1534, fundou a Igreja Anglicana.
Promoveu o desenvolvimento das manufaturas (pequenas fábricas ou comércios) e
do comércio marítimo.
• Elizabeth I — governou de 1558 a
1603. Coube a essa rainha a consolidação do anglicanismo, a adoção do mercantilismo
e o início da colonização da América do Norte, com a fundação da colônia de
Virginia. Ela enfrentou o rei Felipe II, da Espanha, em uma guerra em que os
dois países disputaram o controle do comercio marítimo, e derrotou a Invencível
Armada, nome dado armada espanhola. A partir desse momento, a Inglaterra passou
a ter a supremacia marítima.
|
Elizabeth I |
Com a morte de
Elizabeth I, que não deixou descendentes, encerrou-se a dinastia Tudor. Assumiu
o poder seu primo e rei da Escócia, Jaime I, da família Stuart. Pretendendo impor
sua autoridade, obteve aberta oposição do Parlamento. (o PARLAMENTO é composto
por pessoas escolhidas, deputados e demais representantes além do rei, podendo
questionar suas ações)
Perseguiu violentamente
os católicos e puritanos. Muitos destes foram para a América do Norte, onde
fundaram uma colonia, Plymouth. No reinado de seu filho, Carlos I (1625-1648),
a pequena nobreza e a
burguesia viram-se obrigadas a pagar
altos impostos. Aqueles que não o
fizessem eram presos. Em 1628, o
Parlamento impôs a Carlos I a Petição dos Direitos, pela qual o rei não
poderia criar tributos, convocar o exército ou prender pessoas sem sua previa
autorização. No ano seguinte, o rei conseguiu a aprovação de alguns impostos,
mas, em seguida, fechou o Parlamento, só voltando a convoca-lo em 1640. No ano
seguinte, quando tentou mais uma vez fechar o Parlamento, iniciou-se uma guerra
civil.
A GUERRA CIVIL INGLESA (1641-1649)
Havia dois grupos antagônicos: os cavaleiros,
partidários do rei Carlos I,
e os cabeças-redondas, partidários do Parlamento.
Os cabeças-redondas, liderados pelo deputado puritano Oliver Cromwell, derrotaram
os cavaleiros. O rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado
em 1649.
Com o apoio do Parlamento, Cromwell passou
a governar a Inglaterra.
No entanto, em 1653,
dissolveu-o e impôs uma ditadura, com o título de Lorde Protetor da Inglaterra.
Cromwell procurou consolidar os interesses mercantis da burguesia, ao assinar,
em 1650, os Atos de Navegação, determinando que os produtos importados pela
Inglaterra só poderiam ser transportados em navios ingleses ou nos de países com
os quais estivesse comercializando diretamente. Essa decisão prejudicou o
comercio holandês. A Holanda reagiu, e foi deflagrada uma guerra (1652-1654). A
Inglaterra saiu vitoriosa, tornando-se suprema no comercio marítimo e a maior
potência
naval do mundo.
O período do governo de
Cromwell foi chamado de República de Cromwell. O Lorde Protetor morreu em 1658
e foi substituído por seu filho Ricardo, cujo governo durou pouco tempo e foi
marcado por agitações políticas e sociais. Um novo Parlamento foi eleito, e 1660,
decidindo restaurar o regime
político monárquico, sob a dinastia dos
Stuart, e entregou a Carlos II o
governo da nação.
A
RESTAURAÇÃO DOS STUART E A REVOLUÇÃO GLORIOSA
Carlos II (1660-1685) tentou
restabelecer o absolutismo na Inglaterra. No Parlamento, surgiram dois
partidos: Whig (defensor de Cromwell) e Tory (absolutista). O rei organizou um
exército para eliminar a oposição, fechou o Parlamento e impôs o absolutismo.
Com a morte do rei, ocupou o
trono Jaime II (1685 - 1688). Seu filho, herdeiro do trono, era católico, o que
não foi aceito foi Parlamento. O rei foi destituído e o parlamento ofereceu o
trono ao governador das províncias unidas (nome para a HOLANDA na época),
Guilherme de Orange, esposo de Maria II, filha de Jaime II. O rei Jaime II
refugiou -se na Franca, e Guilherme de Orange passou a reinar com o título de
Guilherme III. Esse episódio, que terminou com o absolutismo e instaurou na
Inglaterra a monarquia parlamentar (1688) [Na monarquia parlamentarista
o rei existe, mas não governa, o governo é exercido pelo parlamento, que
escolherá o primeiro-ministro que efetivamente governará o país], é conhecido
como Revolução Gloriosa.
Guilherme de Orange jurou a
Declaração de Direitos (Bill of Rights), que limitava o poder do rei e
ampliava o do Parlamento. A partir desse momento, cabia ao Parlamento, entre
outras medidas, a aprovação de tributos, a manutenção de um exército permanente
e a garantia do exercício da justiça pública. Com o Parlamento fortalecido, a
burguesia tornou-se ainda mais poderosa, controlando o comercio, a legislação
comercial e administrativa e assumindo um compromisso com a aristocracia rural,
que passou a cultivar as terras nos moldes capitalistas.
(No caso do absolutismo
inglês, existia o PARLAMENTO que contava com deputados e outros componentes
além do rei e as leis e ideias deveriam passar por esse conjunto de pessoas,
além de documentos como o Bill of Rights que limitavam o poder rei. No caso do
absolutismo francês não havia parlamento ou documentos para que o rei fosse questionado,
dessa forma mandava sozinho, como um representante de Deus na terra)
AGORA É A SUA VEZ !
Boa atividade e até mais!
QUALQUER DÚVIDA ENTRE EM CONTATO!
Profª Biah.